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Caju Maria

  • Foto do escritor: Thaís Coelho
    Thaís Coelho
  • 13 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura


Entrei em contato com a Caju Maria para saber se a marca é livre de crueldade animal - jun/2020.

A exploração animal por parte do setor têxtil pode se dar em diversos níveis, muitas marcas trabalham com materiais de origem animal, como couro, lã, camurça e alguns tipos de acessórios que incrementam as peças. Outras ainda patrocinam eventos de moda que fazem uso de roupas com pele animal, como o São Paulo Fashion Week (SPFW). E outras geram grande impacto ambiental, prejudicando direta e indiretamente centenas de animais silvestres e até a própria humanidade.


Atualmente a indústria têxtil e de vestuário é apontada como a segunda maior poluente do mundo, podemos apontar como grandes problemáticas o uso da água no tingimento das peças (o volume movimentado por ano é absurdo), os agentes químicos utilizados no tratamento dos tecidos (que poluem o meio ambiente), os próprios corantes utilizados são em sua maioria poluentes.


E além dos problemas de exploração animal e ambiental, essa indústria frequentemente se depara com problemas relacionados ao bem-estar dos trabalhadores, especialmente por parte das grandes empresas, protagonizando escândalos de funcionários com trabalho análogo à escravidão. Esses aspectos faz com que os consumidores cada vez mais questionem como esse setor se desenvolve.


Com a sociedade mais atenta à essa realidade, a legislação tornou-se mais dura e as empresas precisaram rever seus processos de produção e se responsabilizarem pelos resíduos gerados. A redução e manejo de resíduos é importante, mas mais que isso é necessário que se tenham empresas pensando a produção em harmonia com a natureza, produzindo de forma a não gerar o impacto, e não apenas diminuí-lo ou manejá-lo depois de gerado.Hoje o mundo busca soluções e já podemos identificar marcas que trazem essa nova proposta de produção.


A troca de e-mails com a Caju Maria foi tranquila e bem sincera. Quem tirou minhas dúvidas foi a Wilza, proprietária.

Empresa

A marca Caju Maria é uma marca própria que não possui empresa mãe, a Wilza é a idealizadora e artesã responsável pela marca. A fabricação é própria e artesanal.


Testes em Animais

A marca ainda é pequena, trata-se de uma "euquipe", como brincou Wilza hahaha. Todas as peças são produzidas artesanalmente e a própria Wilza que produz, ela garante que não há envolvimento animal durante esse processo.


Fornecedores

A Caju Maria não lida direto com os fornecedores, os materiais são comprados em varejistas:

"Sobre os fornecedores, não lidamos direto com as empresas fabricantes, compramos de lojas locais, mas sempre que temos as referências, pesquisamos sim. Mas esse é um ponto que não podemos garantir no momento."


Patrocínio de Eventos com Animais

A Caju Maria não patrocina nenhum evento que envolva exploração animal.


Composição

Todas as peças são livres de matéria-prima de origem animal, "os impermeáveis possuem 72% algodão e 28% poliéster, os sintéticos são 100% policroreto de vinila, os tecidos de tricoline são 100% algodão e os suedes, 100% poliéster."


Eles também afirmam que quase não utilizam cola nas peças, mas quando é preciso utilizam cola a base de solvente.

Quando a marca necessitou de realizar colorações, ela trabalhou com coloração natural (Mattricaria).


Outras informações

A marca ainda está crescendo e buscando desde sua origem trabalhar livre de exploração animal. Um empreendimento feminino, artesanal e que fortalece o pequeno comércio.


OBS: Pela divisão aqui no perfil/blog estou categorizando como marca parcialmente apta única e exclusivamente por não haver informações concretas sobre os fornecedores (pelos motivos já citados), pois qualquer outra categoria além dessa implicaria saber sobre essa questão.


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